Em mais um período chuvoso, Semae orienta uso correto da rede de esgoto
02 fev 2024
Com um aumento de aproximadamente 20%, em média, dos casos de vazamento de esgoto durante os meses de chuvas intensas, o Semae mais uma vez orienta os consumidores para o uso correto da rede e a necessária separação dos sistemas de drenagem de águas pluviais e de esgotamento nas residências. As tubulações não podem “se misturar”. O grande volume de chuva no verão provoca sobrecarga na rede de esgoto (que não é projetada para receber água pluvial) e, consequentemente, extravasamentos nas ruas.
O normal é que as calhas e os ralos do quintal conduzam a água da chuva para as guias nas ruas, de onde segue para as bocas de lobo e galerias e, na sequência, até os córregos e rios da cidade.
Essas tubulações que partem das calhas e dos ralos do quintal não podem ser ligadas no esgoto. Se isso acontecer, vai provocar problema na rede de esgotamento, principalmente em dias de chuva intensa.
“Os chamados para reparos de vazamento de esgoto aumentam 20% nessa época do ano, em média. São transtornos para os moradores e também para o Semae, pois demandam um volume maior de manutenção e deslocamento de equipes, o que aumenta o tempo de resposta e os custos operacionais”, explica o diretor do Departamento de Esgoto da autarquia, Anderson Amorim.
O aumento das chuvas no início do ano também eleva a necessidade de manutenção no sistema de esgoto devido ao acúmulo de terra que é levada pelas águas pluviais para dentro das tubulações.
Misturar as redes pode ocasionar vazamentos em tampões de rede de esgoto – visíveis nas ruas e avenidas após dias chuvosos – e entupimentos de tubulação.
Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de chuva que chega às tubulações de esgotamento é muito grande, superando a capacidade de vazão do sistema de esgoto e voltando para dentro das residências, causando transtornos aos moradores.
Uso da rede
Outro problema muito recorrente é o lançamento de materiais sólidos no sistema de esgoto. É comum as equipes responsáveis pela manutenção retirarem das tubulações vários detritos como gordura solidificada, preservativos, fraldas, lenços umedecidos, pedaços de pano e excesso de papel higiênico, por exemplo. São materiais que jamais poderiam estar na tubulação de esgoto.
O resultado também são entupimentos, vazamentos, retorno de esgoto para dentro dos imóveis, erosões e mau cheiro nas ruas e bloqueios no trânsito para os serviços de reparo, além de despesas para a autarquia devido ao deslocamento de funcionários e equipamentos.
O mau uso da rede também afeta e demanda reparos nas estações elevatórias e cestos de gradeamento (estruturas que bloqueiam a passagem do material sólido nas unidades de bombeamento e de tratamento).
Nas ações de reparo, são utilizados os caminhões combinados da autarquia, que fazem a sucção dos detritos acumulados na rede e o jateamento com água sob pressão, no interior dos canos.
Esta solução é apenas emergencial. Para resolver o problema de forma definitiva é necessário que os responsáveis pelos imóveis verifiquem o correto escoamento de água de chuva e não joguem lixo no vaso sanitário.